No mês de novembro de 2024, a produção industrial recuou em nove dos 14 locais pesquisados na comparação com o mês anterior (livre de fatores sazonais). Os dados são da Produção Industrial Mensal – Produção Física Regional, a cargo do IBGE. As maiores quedas foram dos estados de São Paulo e Espírito Santo, com recuos de 4,7% e 7,2%, respectivamente. O mês de novembro fraco se reflete no recuo da produção em nove locais em relação ao mesmo mês de 2023. Para o Brasil como um todo, a indústria recuou 0,6% em novembro.

No ano, apesar dos resultados decepcionantes de novembro, o quadro ainda é positivo, com avanços em 16 dos 17 locais pesquisados na comparação de janeiro a novembro de 2024 contra o mesmo período de 2023. O mesmo número de locais com crescimento ocorre para a variação acumulada em 12 meses.

A indústria processadora de aço se inclui em duas categorias mais abrangentes que este setor: metalurgia e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos. Por exemplo, a metalurgia inclui a Siderurgia e os produtos de metal também incluem fabricação de produtos além do aço. Ambas as categorias recuaram na comparação com outubro no Brasil: -0,1% para a metalurgia e -1,2% para os produtos de metal. 

No corte regional, não há divulgação de dados dessazonalizados para cada local. Na comparação de novembro de 2024 com o mesmo mês de 2023, a metalurgia cresceu nove das 12 regiões avaliadas, com destaque para São Paulo, com crescimento de 4,9%. Para os produtos de metal, houve crescimento em oito das 10 regiões, sendo 5,6% para São Paulo.

Na comparação do acumulado do ano, nove regiões apresentaram crescimento para a metalurgia (12 regiões). O mesmo número também ocorre para os produtos de metal (somente 10 regiões). Para São Paulo, o crescimento foi de 1,5% e 4,3% para a metalurgia e os produtos de metal, respectivamente. Esses resultados do estado são piores que o observado para o Brasil como um todo: 2,3% e 5,1% na mesma comparação.  

Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), conduzida pelo IBGE, indicam queda na produção dos setores em que se incluem a indústria processadora de aço novembro de 2024 frente ao mês anterior (série dessazonalizada). A produção da metalurgia e dos produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) recuaram 0,1% e 1,2% no período, respectivamente. A indústria geral também apresentou queda no mesmo período: 0,6%.

Apesar do resultado negativo em novembro, os dois setores processadores de aço avançaram em relação ao mesmo mês de 2023, com crescimento de 7,8% para a metalurgia e 7,6% para os produtos de metal. Nos acumulados do ano (jan-nov/24 X jan-nov/23) e no de 12 meses a metalurgia cresceu 2,3% e 2,1%, respectivamente. Para os produtos de metal, essas comparações registraram variações de 5,1% e 4,4%.

As duas categorias acima abrangem uma gama de produtos mais ampla que aqueles das empresas atendidas pela Abimetal-Sicetel. Uma das aberturas dentro produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) permite um entendimento melhor do desempenho de parte do setor processador de aço: a fabricação de produtos de trefilados de metal. Neste item, incluem-se a produção de cabos e cordoalhas de aço, telas metálicas, pregos, grampos para fixação e cercas. A produção de trefilados cresceu 4,2% em novembro frente a outubro (dessazonalização feita pela Abimetal-Sicetel), revertendo uma queda de 1% no mês anterior. Na comparação de novembro de 2024 contra o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 2,7%. Entretanto, no acumulado do ano, esse segmento recuou 5,1%, enquanto no acumulado de 12 meses, o recuo foi de 5%.

Com relação à indústria geral, a queda de 0,6% em novembro frente ao mês anterior foi influenciada por recuo de 1% da indústria de transformação. O seu outro componente, a indústria extrativa, cresceu 0,1%. Apesar do recuo mensal, a indústria de transformação cresceu 2,9% novembro de 2024 comparado ao mesmo mês no ano anterior. No acumulado de 2024, o crescimento atinge 3,7%.

O recuo da indústria de transformação em novembro foi bastante disseminado, com 19 dos 25 setores apresentando resultados negativos. No acumulado do ano, o saldo é positivo, com crescimento em 20 setores.