Término desfavorável para indústria de pequeno porte

O final de 2023 foi desfavorável para a pequena indústria (10 a 49 empregados) de acordo com o Panorama da Pequena Indústria elaborado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), parte do documento. O Índice de Desempenho para dezembro de 2023 foi o pior para este mês desde 2018. Para indústria de transformação, esse índice apresentou ligeira melhora, 43,3 em dezembro de 2023 frente a igual mês de 2022, mas ainda se encontra distante do patamar de 46,1 verificado no final de 2021.

Com relação à situação financeira, o respectivo índice avançou de 41,4 no terceiro para 42,2 no quarto trimestre de 2023. Entretanto, o atual patamar é mais baixo do que o registrado no último trimestre de 2022, quando o indicador estava em 43. Esta mesma tendência também foi observada na indústria de transformação.

O Índice de Perspectivas, cujo dado de janeiro de 2024 já foi disponibilizado, indica melhoras recentes. Houve avanços entre janeiro de 2024 com dezembro de 2023 tanto para a indústria quanto para a indústria de transformação. Os patamares para estas duas categorias se situam acima do verificado para o final de 2022 e começo de 2023.

A pesquisa também inclui os problemas relatados pelas empresas participantes para o quarto trimestre de 2023. Estas listam seus três principais problemas. Para a indústria de transformação, a elevada carga tributária foi apontada como o principal problema (41,6%), seguida da demanda interna insuficiente (26,9%), competição desleal (informalidade e contrabando, 25,2%), falta ou alto custo de trabalhador qualificado (22,6%), falta ou alto custo de matéria-prima (19%). As taxas de juros elevadas foram relatadas por 18,5% das empresas, sendo que houve queda nesse número em relação ao terceiro trimestre (21,7%), um possível indicador para a melhora das condições de crédito, tendo em vista as quedas da taxa Selic promovidas pelo Banco Central a partir de agosto. A competição com importados foi apontada por apenas 9,7% das empresas.