Economia

A produção industrial começou o ano com retração, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE. A produção industrial geral retraiu 1,6% em janeiro de 2024 frente a dezembro de 2023 (série com ajuste sazonal). Este resultado possui influência da queda da produção da indústria extrativa (-6,3% no período). A indústria de transformação também apresentou queda, -0,3% no período, apesar de crescimento mensal em 18 dos seus setores (queda em cinco e estabilidade em um).

Na comparação de janeiro de 2024 com o mesmo mês em 2023, a produção industrial subiu 3,6%. As indústrias extrativa e de transformação cresceram nessa comparação 6,5% e 3,1%, respectivamente. Dentro desta última, 16 das 24 categorias apresentaram altas.

Na comparação do acumulado de 12 meses, a produção da indústria geral cresceu somente 0,4%, auxiliado pelo forte crescimento da indústria extrativa (7,4%). Entretanto, a indústria de transformação apresentou recuo de 0,8% nessa medição, com quedas em 16 dos seus 24 setores.

Para os setores processadores de aço defendidos pela Abimetal-Sicetel, inclusos dentro da indústria de transformação, a metalurgia apresentou um resultado positivo para janeiro de 2024 tanto em relação ao mês anterior quanto a janeiro de 2023, com aumentos da produção de 1,9% e 2,9%, respectivamente. Entretanto, o setor fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos registrou quedas de 0,8% e 0,9% nessas mesmas comparações.

Apesar de um resultado positivo para a metalurgia nas comparações mensais, na avaliação do acumulado de 12 meses, recuou -2,4%. O desempenho para a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos foi ainda pior nessa comparação: recuo de 3,2%.

O setor de metalurgia, que inclui a siderurgia, apresentou resultados surpreendentemente positivos para janeiro. Este desempenho está em concordância com os resultados divulgados pelo Instituto Aço Brasil para a produção de aço em janeiro de 2024: alta de 0,4% na comparação com janeiro de 2023 e 8,1% frente a dezembro.

Entretanto, ainda é muito cedo – e improvável – que este resultado seja um início de uma reversão das dificuldades enfrentadas pelos setores processadores de aço nos últimos anos.