Invasão dos importados de aço da China pode trazer grandes perdas para a indústria brasileira.

nvasão dos importados de aço da China pode trazer grandes perdas para a indústria brasileira.

O governo precisa tomar uma medida urgente antes que as indústrias nacionais sofram consequências irreversíveis. A medida é necessária e até óbvia: impor uma taxação significativa para barrar a entrada indiscriminada do aço chinês, que, pela diminuição da demanda interna e externa do país asiático, envia seus produtos para mercados ainda abertos a eles, nestes casos, em volumes que sugerem uma invasão das mercadorias chinesas com preços muito abaixo do que as nacionais.

A situação está tão evidente e urgente, a ponto do próprio Jorge Gerdau, da família que comanda a siderurgia no Brasil, chegar ao ponto de cobrar medidas e posicionamento do governo sobre uma tarifa de importação significativa.

Considerando que para os casos das matérias primas a situação já está bastante complicada e inviável, a circunstância é ainda mais crítica para o seguimento das indústrias processadores de aço, com índices de substituição por importados da ordem de até 60%. Com isso, o risco de demissões é ainda maior e a possível retomada do setor nacional fica cada vez mais distante e improvável.

É nesse contexto que estamos atualmente e os números falam por si só: as siderúrgicas têm como previsão para 2023 quedas de 5% na produção, 6% nas vendas internas, 2,3% no consumo aparente e 0,3% nas exportações. Por outro lado, alta de 40% nas importações. Somente em agosto deste ano, a China enviou quase 300 mil toneladas do produto siderúrgico para o Brasil, de um total de 496 mil toneladas importadas. Os chineses são acusados de práticas predatórias ao subsidiar os preços das mercadorias. (Fonte: Diário do Comércio).

Outros países já deflagraram medidas de proteção às suas indústrias, resta agora que o governo brasileiro seja sensível e tome as providencias necessárias.