Índice de Confiança da indústria avança; condições atuais permanecem desfavoráveis

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) disponibilizou os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para janeiro de 2024. De acordo com a entidade 23 dos 29 setores iniciaram o ano confiantes (índice acima de 50), com melhoras verificadas na indústria extrativa, construção civil e de transformação. Setores defendidos pela Abimetal-Sicetel, como a metalurgia e produtos de metal, apresentaram valores acima de 50, indicando melhora na confiança em relação ao mês anterior (a metalurgia saiu de 49,9 para 52,7).

Separando por porte da empresa, as três classes apresentaram avanços, dando continuidade à melhora verificada para dezembro, quando saíram da zona de falta de confiança. Com relação à distribuição geográfica, as cinco regiões do país registraram índices acima dos 50 pontos, com destaque para a região Sul que saiu de um patamar de 48,3 em dezembro de 2023 para 50,2 pontos em janeiro de 2024. Somente a região Centro-Oeste apresentou queda (53,6 ante 54,6), mas se mantendo na zona de confiança.

Estes resultados positivos decorrem da melhora das expectativas dos empresários. A análise do outro componente dos índices, as condições atuais das empresas e da economia brasileira, retrata um quadro menos favorável. O índice das condições atuais para o agregado da indústria melhorou em janeiro de 2024 na comparação com o mês anterior (48,3 contra 46,8 em dezembro de 2023), mas ainda permanece na zona de falta de confiança. Com relação ao porte, as pequenas e médias empresas se situam abaixo de 50 pontos, enquanto as grandes tiveram avanço para 50. No corte regional, os índices para as cinco regiões do país melhoraram, mas permanecem na zona de falta de confiança em quatro deles, com exceção para o Nordeste.

Na divisão por área de atuação, 24 dos 29 setores se situavam na zona de falta de confiança avaliando-se somente as condições atuais para janeiro de 2024. Tanto a metalurgia quanto os produtos de metal continuam em situação desfavorável: valores de 44,3 e 45,8, respectivamente. Apesar de uma ligeira melhora frente ao mês anterior, estes valores se encontram distantes do limiar de 50, transição para a zona de confiança.