Importações de processados de aço cai 2,2% em junho de 2024 na comparação com maio

As importações dos produtos processados de aço defendidos pela Abimetal-Sicetel recuaram de 52.551 toneladas em maio para 51.393 em junho de 2024, de acordo com os dados fornecidos pelo Comex Stat. Esta queda de 2,2% representa o segundo mês seguido de redução no total do volume importado. Os dados se baseiam no consolidado que inclui 94 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul), de produtos fabricados por empresas associadas à entidade. Em termos de valor FOB, o total importado diminuiu de US$125,85 milhões para US$120,96 milhões.

Se analisarmos somente as importações oriundas da China, o volume importado subiu 3,8% entre maio e junho, de 24.988 para 25.950 toneladas. O valor FOB, por sua vez, cresceu de US$37,49 milhões para US$39,57 milhões.

Na comparação com junho de 2023, o volume importado em junho de 2024 cresceu 10,9%, ao passo que o valor FOB cresceu somente 0,1%. As importações chinesas caíram 4,2% e 9,5% em volume e valor FOB (US$), respectivamente.

O ano de 2024 ainda é marcado por forte aumento de produtos processados de aço. No acumulado de janeiro a junho de 2024, as importações totais subiram para 316.299 toneladas, um salto de 24,9% em relação ao primeiro semestre do ano passado (253.263 toneladas). Em termos de valor FOB, as importações totalizaram US$747,96 milhões, alta de 5,5%. As importações da China se aceleraram mais que o total, totalizando 174.731 toneladas, um crescimento de 33,4% nesta base de comparação. O valor FOB dos produtos oriundos do país asiático cresceu 18,9%, atingindo US$257,83 milhões.

Esta desaceleração dos dois últimos meses pode decorrer dos aumentos recentes dos fretes internacionais, que apresentaram forte alta a partir de maio, de acordo com o Containerized Freight Index, elaborado pela Trading Economics. Este índice, que mapeia preços de fretes dos contêineres em portos chineses, saiu de 1.709 para 3.373 pontos entre o fim de abril e o começo de julho, um aumento de 118%. O efeito líquido para a produção nacional dos processadores de aço ainda é incerto. O aumento dos fretes internacionais também encarece e dificulta acesso a matérias-primas mais baratas, potencialmente afetando a produção dos no Brasil.